segunda-feira, 29 de abril de 2013

HISTÓRIA DO BUDISMO


 
 1: Budismo na Ásia
A história do budismo desenvolve-se desde século VI a.C, começando com o nascimento de Siddharta Ghautama. Durante este período, esta religião evoluiu à medida que encontrou diferentes países e culturas, acrescentando ao fundo indiano inicial elementos culturais oriundos da cultura helénica, bem como da Ásia Central, do Sudeste asiático e Extremo Oriente. No processo o budismo alcançou uma expansão territorial considerável ao ponto de influenciar de uma forma ou de outra quase todo o continente asiático. A história do budismo caracteriza-se também pelo desenvolvimento de vários movimentos e cismas, entre os quais se encontram as tradições Theravada, Mahayana e Vajrayana.
O fundador do Budismo neste mundo foi Siddharta Ghautama ou Buda, que viveu e ensinou no norte da Índia há cerca de 2.500 anos (entre 563-83 a.C.). Desde então, milhões de pessoas ao redor do mundo têm seguido o puro caminho espiritual que ele revelou.
  2: Nascimento do Buddha
Na crença budista, a existência terrestre de Siddharta foi a última etapa de uma série de sucessivos renascimentos, isto é, a vida deste representa o fim do caminho em direcção à libertação  do samsara.
Siddharta nasceu numa pequena localidade no sul do que é actualmente o Nepal. Era príncipe, filho de um soberano do clã dos Sâkya, da família Ghautama, cresceu sem preocupações, num ambiente confortavel, devido ao isolamento a que foi sujeito pelo pai. Longe das dores do mundo, apesar da experiência da morte de sua mãe, Siddharta casou-se e terá tido um filho.
Mas o destino reservou-lhe outro caminho. Ao sair de um dos seus palácios, Siddharta teve a experiência que mudou a sua vida. Nessa ocasião Siddharta teve quatro encontros: um com um velho homem abandonado, depois um doente e mais adiante uma celebração fúnebre, finalmente um eremita que abandonara tudo para procurar a libertação.
Com 29 anos partiu, abandonando o palácio e família, à procura da Iluminação.
Durante 6 anos Siddharta teve uma vida errante, encontrando vários mestres, praticando os seus ensinamentos e ultrapassando-os. Tornando-se ele próprio um mestre, atraindo a si cinco seguidores fiéis.
Mas esse caminho revelou-se rapidamente insuficiente. Siddharta entrega-se a um isolamento total, abstendo-se de alimentos e, através da prática do Ioga, suspende as suas funções vitais.
Diz a lenda que, um dia, ouviu um barqueiro que passava no rio, que ensinava música ao seu discípulo e que lhe dizia que: as cordas de um instrumento, se muito frouxas, não emitiam um som adequado, e se muito esticadas, elas arrebentavam.
Siddharta compreende que as austeridades físicas não eram o caminho para se alcançar a libertação e que se enganara no caminho e as penosas memórias  resultantes do isolamento tornaram-se advertências para os futuros que quisessem seguir o mesmo caminho. Siddharta considerou então que a privação excessiva debilitara seu organismo e o impossibilitara de meditar como deveria afastando-o cada vez mais de seu verdadeiro objectivo, pelo qual havia renunciado à vida mundana. Então suspendeu-o, os cinco companheiros viram nisto um sinal de fraqueza e abandonaram-no.
  3: Estado de meditação (zazen)
 liberto de uma experiência inconsistente, Siddharta recuperou as forças e meditou sobre a existência humana, Sentando em posição meditativa (conhecida hoje como zazen). No fim dessa noite, Siddharta atingiu a realização da Iluminação perfeita e completa, adquirindo a recordação de todas as suas anteriores vidas e principalmente a compreensão das causas e condições que determinam a existência de cada um. Consequentemente, adquire a compreensão dos meios que permitiram pôr fim ao ciclo de sucessivos renascimentos e atingir a libertação perfeita. Siddharta soube então que já não renasceria. O seu karma estava extinto. A vontade de partilhar a sua experiência com os outros, conduzindo-os na mesma via, tornou-o num Buda.
A base dos ensinamentos de Siddharta prendia-se com a ideia dos renascimentos cíclicos que os seres tinham de atravessar antes de se libertarem e atingirem o Nirvana.
 O ciclo de renascimentos sucessivos (Samsara) está directamente ligado à lei dokarma, o que pressupõe a existência de um efeito causal das acções. O renascimento é uma continuidade de acções e reacções porque os karmafornecem a energia para renascer uma e outra vez. Ou seja, quando um ser renasce traz com ele uma herança kármica que é o resultado de acções praticadas nas suas anteriores vidas.
Com esta doutrina, o Budismo primitivo negou duas teorias religiosas da época:
· Teoria da criação: que atribui a responsabilidade da felicidade ou infelicidade do indivíduo, a Bhrama.
· Teoria do acaso: segundo a qual a felicidade ou infelicidade do indivíduo não têm causas específicas.   
A teoria dos karma explica a diversidade de vidas dos seres vivos. Quem praticou boas acções em anteriores existências, irá ter uma vida melhor do que quem praticou más acções. Ou seja, bons karma dão bons frutos.
Diz a lenda que Siddhartha permaneceu assim por vários dias, sob a sombra de uma figueira, nas margens do rio. Então, uma luz começa a brilhar no meio da sua testa. Mara, o Grande Tentador, estremeceu: ele sabia que seu poder para deturpar a humanidade estava ameaçado.
Durante a noite, muitas distracções surgiram para Sakyamuni:
· sede,
· luxúria,
· descontentamento
· distracções de prazer.
E ao longo de sua concentração meditativa, ele foi tomado por visões de exércitos de demónios atacando-o. Mas, por causa de sua meditação indestrutível, ele pôde converter a negatividade em harmonia e pureza, e as flechas lançadas contra ele se transformaram em flores.
Algumas filhas de Mara apareceram, como belíssimas mulheres, para distraí-lo e seduzi-lo (luxúria).
Outras assumiram formas de animais ferozes (medo).
Mas os seus rosnados, ameaças e qualquer outra tentativa foram em vão para tirar Siddharta de sua meditação. Sentado num estado de total absorção, alcançou todos os graus de realização, adquirindo o conhecimento de todo o seu ciclo de mortes e renascimentos. Finalmente, Mara tentou tirá-lo de sua meditação pelo ataque ao ego.
Rugiu: "Quem pensas que és? Com que direito procuras pela Suprema Iluminação? Quem é tua testemunha?" Siddharta Gautama silenciosamente estendeu a mão direita para tocar a terra, que estremeceu e gritou de suas entranhas "Eu sou tua testemunha".
 
4: Imagem de Buda a pregar o seu primeiro sermão
Buda reuniu-se com os cinco companheiros em Benares e comunicou-lhes os conhecimentos que se tornaram na base do ensino do budismo.
Até à idade de 80 anos, Buda transmitirá os seus conhecimentos aos homens, percorrendo toda a Índia.
Inicialmente, Buda baseou a sua análise da condição humana em três leis fundamentais - As Três Marcas da Existência.
primeira lei é o ponto de partida para todo o sistema religioso budista - a “impermanência” (anitya), que nos revela que no mundo material nada permanece, tudo está em movimento. As coisas podem dar a impressão de o serem, contudo isso não passa de uma ilusão.
segunda lei é a insatisfação (duhkha), ou seja, a dor, que é consequência da primeira. Para o pensamento budista, tudo o que não fosse permanente gerava insatisfação.
terceira marca é a ideia de inexistência de alma (anatman). Segundo o budismo, os seres humanos não têm alma (atman) permanente. Para este, o ser humano era um ser desigual, constituído por uma nuvem de componentes físicos e mentais em permanente mudança. Falar de um “núcleo” eterno do ser humano que persistisse depois da morte seria completamente falso. Alguns elementos característicos  do ser humano poderiam passar de uma vida para outra, contudo a personalidade em si não o poderia fazer.
Mais tarde, Buda passou desta ideia pessimista da condição humana para a sugestão da existência de uma via de saída de um impasse: As Quatro Nobres Verdades.
primeira considerava a vida na sua essência, insatisfatória.
segunda corresponde à ideia de que essa insatisfação deriva das ânsias (trsna), ou seja desejos, que assolavam o ser humano e da sua ignorância(avidya).
terceira era que este não tinha de ser o destino de todos os homens e que haveria forma de fugir à escravatura deste mundo insatisfatório.
quarta nobre verdade determinava o caminho de fuga à escravidão do mundo, ou seja, as Oito Vias Sagradas.
1. parecer recto, adequado, correcto
2. intenção recta
3. discurso recto
4. acções rectas
5. existência recta
6. esforço recto
7. espírito recto
8. concentração recta
Destas oito vias, poder-se-á considerar as duas últimas como as de maior cariz religioso. O espírito recto corresponde a um exercício espiritual especificamente budista enquanto a concentração recta refere-se à meditação recta. É através da meditação que se pode chegar à verdadeira compreensão da natureza da realidade e obter a libertação dos ciclos intermináveis de samsara.
4. Últimas palavras
'Handa dani bhikkhave amantayami vo vaya dhamma sankhara appamadena Sampadetha'
"Ó, monges! Estas são minhas últimas palavras. Tudo o que foi criado está sujeito à decadência e à morte. Nada é permanente. Trabalhem muito pela própria salvação com atenção plena, esforço e disciplina".
Após o funeral de Buda, ao colocar-se a questão da sua sucessão, surgem dois dos seus discípulos: Mahakasyapa e Ananda. Tendo o primeiro achado que o outro (por ter passado a vida ao lado de Buda e não ter tido tempo de estudar as técnicas de meditação necessárias) não atingira o nirvana, isto é, não se tinha tornado um arhat e, por isso, não o convocou para o concílio de arhats de Rajagrha. 
Assim como Sócrates e Jesus, Siddharta não deixou nada escrito, tendo os seus discípulos reunido 100 anos após sua morte para escrever o que haviam ouvido de seus mestres, e fizeram assim o Tripitaka, que é a "bíblia" da escola Theraveda de ensino budista.
 
 5: Transmissão da doutrina budista
O tripitaka, metaforicamente “os três cestos de flores”, é o conjunto da doutrina budista. Cada um dos cestos refere-se a uma parte do pensamento e prática do Budismo.
1. O primeiro cesto é o cesto dos Sutra, que agrupa os ensinamentos do próprio Buda, através de uma série de conversas e sermões colectados por um dos seus mais próximos discípulos – Ananda.
2.  O segundo cesto é o cesto do Vinaya, onde estão reunidas as regras disciplinares a que estavam obrigados a seguir todos os que fazem parte da comunidade monástica, a Sangha. O núcleo dos dois primeiros cestos é contemporâneo do próprio Buda.
3. O terceiro cesto é o cesto dos Abhidharma, ou textos filosóficos que têm com foco a transmissão do Budismo. Na verdade, pretende ser um esclarecimento sobre certas passagens dos cestos anteriores assim como interpretar as escrituras mais antigas.
 
 6: Escola budista
O Budismo proporcionou, desde cedo, variadas interpretações. Por volta de 380 a. C. reuniu-se o Segundo Concílio Budista, em Vaisali.
razão fundamental deste concílio foi uma disputa sobre as interpretações das escrituras budistas. Um grupo de Mahasanghikas (monges novos) estava aberto a uma interpretação mais liberal das regras monásticas e à crença em que um ahrant, alguém que obtivesse a Iluminação nesta vida, podia continuar sujeito às incertezas e fragilidades humanas.  Os oponentes, Sthaviras, ou "anciãos", que constituíam a Sangha, eram muito mais rigorosos na interpretação da tradição recebida.
Incapazes de ultrapassarem as divergências, os dois grupos evoluíram separadamente. Dessa forma, cerca de um século depois da morte do fundador, o Budismo começou a separar-se em grupos diferentes: a escola Theravada, continuadores dos Sthaviras, ou seja, dos que espalhavam o ensinamento original e a escola Mahayana, que realçava a superioridade dos sutras sobre as outras duas divisões das escrituras.
Após os encontros entre o budismo e o Ocidente representados na arte greco-budista, um conjunto de informações e lendas sobre o budismo chegaram ao Ocidente de maneira esporádica. Durante o século VIII as histórias Jataka budistas foram traduzidas para o siríaco e o árabe como Kaligag e Damnag. Uma biografia do Buda foi traduzida para o grego por João de Damasco, acreditando-se que tenha circulado entre os cristãos como a história de Josafat e Baarlam. No século XIV, Josafat seria declarado santo pela Igreja Católica Romana.
próximo contacto directo entre o budismo e o Ocidente aconteceu na Idade Média quando o monge franciscano Guillaume de Rubrouck foi enviado como embaixador à corte mongol de Mongke pelo rei Luís IX de França. O encontro aconteceu em Cailac (actualmente no Kazaquistão), tendo o monge julgado que os budistas seriam cristãos perdidos.
budismo começou a despertar um interesse no público ocidental no século XX, após o fracasso de projectos políticos como o marxismo. Nos anos setenta um interesse pela realização pessoal substituiu a importância dos projectos políticos que visavam mudar a sociedade. Neste contexto o budismo tem experimentado uma forte poder de atracção devido, entre outros factores, à falta de deidade e a uma certa centralidade da experiência individual.
Quando se iniciou a introdução do Budismo na China este sofreu algumas perseguições.
Budismo chegou à China através dos comerciantes, por volta do início da era cristã.
Budismo "aproveitou" a desintegração do sistema político e social chinês para se desenvolver. A tradução das escrituras para o chinês, foi feita em meados do século II d. C.
Budismo floresceu durante cerca de quatro séculos, tendo tido o seu apogeu durante a dinastia Tang. Os dirigentes chineses apoiaram convictamente a religião, fomentando uma imensa actividade filosófica.  Quatro escolas adquiriam características únicas: Tien Tai, Hua Yen, Chan (Zen) e Terra Pura. Estas escolas concordavam com os preceitos básicos do Budismo, tal como tinham sido transmitidos por Buda, mas a sua compreensão era determinada pela filosofia existente na própria China. Destas quatro escolas, poderemos afirmar que a escola Chan (Zen) e a escola Terra Pura souberam  manter-se firmes nos tempos que se seguiram.
No século IX, o Budismo entra num período de decadência, por várias razões, dentro das quais não poderemos esquecer o facto dos governantes que se seguiram à dinastia Tang, considerarem-se descendentes de Lao Tzé, o fundador do Tauismo. Por outro lado, a Sangha estava corrompida por razões similares àquelas que deram origem ao cisma do ocidente, em relação à Igreja Cristã.   
Budismo continuou a ter seguidores, especialmente nas zonas rurais, mas adquiriu um carácter mágico, longe dos ensinamentos originais de Buda.
Apesar destas dificuldades com que o Budismo se deparou na China, um grupo de monges destaca-se ao longo da sua História. De realçar o monge Tai Hsu (1890-1947) que funda escolas e promove o estudo de outras línguas budistas que não o chinês, além de ter advogado a ideia de uma federação mundial de budistas. Esta ideia poderia ter sido concretizada se a China não tivesse caído em poder dos comunistas.
governo comunista manda, em 1951, confiscar a maior parte das terras que pertencia à Sangha e reduziram-na ao estado laico. Em 1953, foi constituída a Associação Budista Chinesa, com o objectivo de controlar a comunidade budista. No período da Revolução Cultural assistiu-se a mais perseguições, mas apesar disso o Budismo ainda persiste na China e mostra sinais de renascimento junto da população jovem e citadina. 
O Budismo terá sido introduzido no Japão e na Coreia na mesma altura que no gigante chinês, no entanto o seu desenvolvimento adquiriu contornos especiais.
Inicialmente vista com desconfiança, por ser uma religião estrangeira, o Budismo tornar-se-á num órgão institucional do Estado Japonês.
imperador e a corte interessavam-se, a princípio,  pelo carácter mágico e algo supersticioso dos rituais budistas. Só nos finais do século VIII, o Budismo começa a ser visto como tal e não como magia.
Durante os séculos XI, XII e XIII, o povo nipónico começa a ser atraído para a forma religiosa Terra Pura. No século XIII, outras alterações dar-se-iam no Japão, pela mão do reformador Nichiren (1222-82) que iniciou a pregação de uma forma ultra nacionalista de Budismo, referindo que o Japão se tornara a verdadeira pátria espiritual da Religião. Com os sucessivos conflitos intra muros, as classes dirigentes japonesas acabaram por aceitar os princípios do Budismo Zen. A pouco e pouco o Budismo foi-se associando no Japão às ideias de patriotismo e o Budismo no Japão teve de enfrentar dificuldades durante o período Meiji, no século XIX. Na verdade, a partir da Restauração Meiji, o Budismo foi ignorado a favor do Xintoísmo, apoiado pelo Estado, pois glorificava o imperador. Foi durante esse período que o celibato foi proibido. É por essa razão que ainda hoje o Japão é um dos poucos países a permitir o casamento dos clérigos.  Foi ainda durante a Restauração Meiji, que se fizeram sentir muitas inovações de carácter ocidental no Budismo japonês, influências das comunidades missionárias protestantes.
Com a realização deste trabalho concluo que a religião budista não é apenas um conjunto de rituais supersticiosos, mas sim uma religião sólida com “bíblia”, escolas de transmissão de conhecimento e que se encontra difundida por todo o mundo com uma maior incidência no continente asiático.
Fico também a saber um pouco mais sobre a vida e obra do fundador desta religião, Siddharta Ghautama, que tal como Sócrates e Jesus Cristo, não deixou nada escrito, deixando pois essa tarefa aos seus apóstolos, nos séculos que se seguiriam.
· Textos budistas e zen-budistas – Ricardo Mário Gonçalves
· Aprenda sozinho Budismo-zen – Christmas Humphrey
· Jodo Shinshu: uma introdução à autêntica doutrina da terra pura.
· Ensinamentos da Ordem Rosacruz AMORC sobre iluminação.
· A Doutrina Secreta: Cosmogênese – H. P. Blavatsky
· Culto Japonês da tranquilidade – Durckheim

quinta-feira, 25 de abril de 2013

FOTOS DE TESTEMUNHA DE JEOVÁ


TESTEMUNHA DE JEOVÁ

Testemunhas de Jeová — Quem somos nós?

Mesmo vindo de centenas de grupos étnicos e falando centenas de idiomas, somos unidos pelos mesmos objetivos. Acima de tudo, queremos honrar a Jeová, o Deus da Bíblia e o Criador de todas as coisas. Fazemos o nosso melhor para imitar a Jesus Cristo e temos orgulho de ser chamados cristãos. Todos nós dedicamos tempo à obra de ensinar as pessoas sobre a Bíblia e o Reino de Deus. Visto que damos testemunho, ou falamos, sobre Jeová Deus e seu Reino, somos conhecidos como Testemunhas de Jeová.

Testemunhas de Jeová pregando
Testemunhas de Jeová pregando

Por que vocês usam o nome Testemunhas de Jeová?

Segundo a Bíblia, Jeová é o nome de Deus. (Êxodo 6:3; Salmo 83:18) Uma testemunha é alguém que declara publicamente conceitos ou verdades dos quais tem certeza.
Assim, o nome Testemunhas de Jeová nos identifica como um grupo de cristãos que declaram a verdade sobre Jeová, o Criador de todas as coisas. (Revelação [Apocalipse] 4:11) Nós damos testemunho às pessoas por nosso modo de viver e por lhes falar sobre as coisas que aprendemos na Bíblia. — Isaías 43:10-12; 1 Pedro 2:12

Alguém lendo a Bíblia

Em que as Testemunhas de Jeová acreditam?

As crenças das Testemunhas de Jeová não são nenhum segredo, pois suas publicações estão disponíveis em centenas de idiomas. Segue um resumo de algumas de suas principais doutrinas.

1. A Bíblia

As Testemunhas de Jeová acreditam que “toda a Escritura é inspirada por Deus”. (2 Timóteo 3:16) Jason D. BeDuhn, professor adjunto de estudos religiosos, escreveu: “[As Testemunhas de Jeová formaram] seu conjunto de crenças e práticas com base na Bíblia, sem ideias preconcebidas sobre o que ela deveria dizer.” Elas harmonizam suas crenças com o que a Bíblia diz; não a interpretam de acordo com suas preferências. Ao mesmo tempo, reconhecem que nem tudo na Bíblia deve ser entendido ao pé da letra. Por exemplo, os sete dias da criação são figurados, ou seja, referem-se a longos períodos de tempo. — Gênesis 1:31; 2:4.

2. O Criador

O Deus verdadeiro escolheu para si um nome — Jeová (ou Javé, como usado na tradução católica Pastoral e a forma preferida de alguns eruditos modernos). * Esse nome o diferencia dos deuses falsos. (Salmo 83:18) A forma hebraica do nome divino aparece cerca de 7 mil vezes no texto original das Escrituras. Destacando a importância desse nome, Jesus disse em sua oração modelo: “Santificado seja o vosso nome.” (Mateus 6:9, Centro Bíblico Católico) Deus exige adoração exclusiva, e com toda razão. Por isso, as Testemunhas de Jeová não usam ícones ou imagens em sua adoração. — 1 João 5:21.
Jesus Cristo
“O Pai é maior do que eu.” — João 14:28

3. Jesus Cristo

Ele é o Salvador, “o Filho de Deus” e “o primogênito de toda a criação”. (João 1:34; Colossenses 1:15; Atos 5:31) Por ter sido criado, Jesus não faz parte de uma trindade. Ele disse: “O Pai é maior do que eu.” (João 14:28) Jesus viveu no céu antes de vir à Terra e, depois de sua morte sacrificial  e ressurreição, voltou para o céu. Ele disse também: “Ninguém vem ao Pai senão por mim.” — João 14:6.

4. O Reino de Deus

Esse é um governo celestial composto por um Rei — Jesus Cristo — e 144 mil homens e mulheres “comprados da terra” que reinarão com ele no céu. (Revelação [Apocalipse] 5:9, 10; 14:1, 3, 4; Daniel 2:44; 7:13, 14) Eles governarão a Terra, que ficará livre de toda a maldade e será habitada por muitos milhões de humanos tementes a Deus. — Provérbios 2:21, 22.

5. A Terra

Eclesiastes 1:4 diz: “A terra permanece para sempre.” (Nova Versão Internacional) Após a destruição dos maus, a Terra será transformada num paraíso e pessoas justas a habitarão para sempre. (Salmo 37:10, 11, 29) Dessa forma, as palavras de Jesus em oração “seja feita a vossa vontade . . . na terra” serão cumpridas. — Mateus 6:10, CBC.

6. Profecias bíblicas

“Deus . . . não pode mentir.” (Tito 1:2) De fato, o que ele prediz sempre se cumpre, incluindo as profecias bíblicas sobre o fim do mundo atual. (Isaías 55:11; Mateus 24:3-14) Quem sobreviverá a essa destruição? “Aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre”, diz 1 João 2:17.

7. Autoridades governamentais

“Pagai . . . a César as coisas de César, mas a Deus as coisas de Deus”, disse Jesus. (Marcos 12:17) Em harmonia com essa ordem, as Testemunhas de Jeová obedecem às leis do país desde que não entrem em conflito com as leis de Deus. — Atos 5:29; Romanos 13:1-3.
Duas mulheres conversando sobre a Bíblia
“Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim.” — Mateus 24:14

8. Pregação

Jesus predisse que as “boas novas do reino” seriam pregadas em toda a Terra antes de vir o fim deste mundo. (Mateus 24:14) Para as Testemunhas de Jeová é uma grande honra participar nessa obra que salva vidas. É claro que cabe a cada pessoa decidir se quer ouvir ou não. A Bíblia diz: “Quem quiser tome de graça a água da vida.” — Revelação 22:17.

9. Batismo

As Testemunhas de Jeová batizam apenas pessoas que, depois de obterem um bom conhecimento da Bíblia, expressam o desejo de servir a Deus como suas testemunhas. (Hebreus 12:1) Elas simbolizam sua dedicação a Deus por meio da imersão em água. — Mateus 3:13, 16; 28:19.

10. Distinção entre clérigos e leigos

“Todos vós sois irmãos”, disse Jesus a seus seguidores. (Mateus 23:8) Os primeiros cristãos, incluindo os escritores da Bíblia, não tinham uma classe clerical. As Testemunhas de Jeová seguem esse modelo bíblico.

Por que vocês não comemoram o Natal?

Alguns conceitos equivocados

Mito: As Testemunhas de Jeová não comemoram o Natal porque não acreditam em Jesus.
Fato: Nós somos cristãos. Acreditamos que a salvação só é possível por meio de Jesus Cristo. — Atos 4:12.
Mito: Por ensinarem seus adeptos a não comemorar o Natal, vocês acabam dividindo famílias.
Fato: Nós nos preocupamos muito com as famílias e usamos a Bíblia para ajudá-las a ser mais unidas.
Mito: Vocês acabam perdendo o “espírito natalino” de generosidade, paz na Terra e boa vontade.
Fato: Nós nos esforçamos para ser generosos e pacíficos o ano inteiro. (Provérbios 11:25; Romanos 12:18) Por exemplo, realizamos nossas reuniões e nossa pregação em harmonia com a instrução de Jesus: “De graça recebestes, de graça dai.” (Mateus 10:8) Além disso, dirigimos atenção para o Reino de Deus como a única esperança de paz na Terra. — Mateus 10:7.

Por que vocês não comemoram a Páscoa?

Alguns conceitos equivocados

Mito: As Testemunhas de Jeová não comemoram a Páscoa porque não são cristãs.
Fato: Nós acreditamos que Jesus Cristo é nosso Salvador e fazemos nosso melhor para ‘seguir de perto os seus passos’. — 1 Pedro 2:21; Lucas 2:11.
Mito: Vocês não acreditam que Jesus foi ressuscitado.
Fato: Nós acreditamos na ressurreição de Jesus; nós a consideramos uma doutrina básica da fé cristã e damos destaque a ela em nossa pregação. — 1 Coríntios 15:3, 4, 12-15.
Mito: Seus filhos perdem toda a diversão da época da Páscoa, e vocês nem se importam com isso.
Fato: Nós amamos nossos filhos e fazemos de tudo para educá-los e ajudá-los a ser felizes. — Tito 2:4.

Por que vocês não aceitam transfusão de sangue?

Alguns conceitos equivocados

Mito: As Testemunhas de Jeová não usam remédios nem aceitam tratamentos médicos.
Fato: Nós procuramos para nós e nossa família o melhor tratamento médico possível. Quando ficamos doentes, consultamos médicos com experiência em realizar tratamentos e cirurgias sem sangue. Reconhecemos os avanços que foram feitos no campo da medicina. De fato, os tratamentos sem sangue desenvolvidos para ajudar pacientes Testemunhas de Jeová agora são usados para beneficiar outros pacientes. Em muitos países, qualquer paciente pode escolher evitar os riscos decorrentes de transfusões, como doenças transmitidas pelo sangue, reações do sistema imunológico e erro humano.
Mito: As Testemunhas de Jeová acreditam que a fé pode curar doenças.
Fato: Nós não realizamos curas pela fé.
Mito: Evitar transfusões de sangue é muito caro.
Fato: Os tratamentos médicos sem sangue são economicamente viáveis. *
Mito: Muitas Testemunhas de Jeová, incluindo crianças, morrem todo ano por não aceitarem transfusão de sangue.
Fato: Essa afirmação não tem nenhuma base. É comum cirurgiões realizarem procedimentos complexos, como operações cardíacas, cirurgias ortopédicas e transplantes de órgãos, sem o uso de transfusões de sangue. * Os pacientes, incluindo crianças, que não recebem transfusão geralmente se recuperam tão bem quanto, ou até melhor, do que aqueles que aceitam transfusão. * De qualquer modo, ninguém pode dizer com certeza que um paciente vai morrer se recusar uma transfusão ou que vai sobreviver se aceitá-la.

Por que as Testemunhas de Jeová não aceitam transfusão de sangue?

Isso é mais uma questão religiosa do que médica. Tanto o Velho como o Novo Testamento claramente nos ordenam a nos abster de sangue. (Gênesis 9:4; Levítico 17:10; Deuteronômio 12:23; Atos 15:28, 29) Além disso, para Deus, o sangue representa a vida. (Levítico 17:14) Então, nós evitamos tomar sangue por qualquer via não só em obediência a Deus, mas também por respeito a ele como Dador da vida.

Os conceitos estão mudando

Cirurgias complexas podem ser realizadas com êxito sem o uso de transfusões de sangue
No passado, a comunidade médica costumava encarar as opções terapêuticas a transfusões de sangue como extremistas, ou até mesmo suicidas. Mas isso tem mudado nos últimos anos. Por exemplo, em 2004, um artigo publicado numa revista médica declarou que “muitas das técnicas desenvolvidas para pacientes Testemunhas de Jeová em breve se tornarão procedimentos-padrão”. * Um artigo na revista Heart, Lung and Circulation disse em 2010 que “a cirurgia sem sangue não deveria se limitar apenas às Testemunhas de Jeová, mas fazer parte integral da prática cirúrgica básica”.
Milhares de médicos em todo o mundo usam técnicas de conservação de sangue para realizar cirurgias complexas sem transfusão. Essas opções terapêuticas são usadas até mesmo em países em desenvolvimento e são solicitadas por muitos pacientes que não são Testemunhas de Jeová.