quarta-feira, 27 de março de 2013

UMA BELA HISTÓRIA


Olá! Eu me chamo Maria Clara, tenho 11 anos e vou contar uma
história muito especial, que começa no dia em que eu pedi para
minha mãe um irmãozinho.
Eu era bem pequena e vivia feliz com meu pai, minha mãe e as
minhas bonecas, Tati e Neneca, mas sentia mesmo
era falta de ter alguém legal para brincar.
Então, num dia muito especial, mamãe me deu a notícia tão feliz...
Ela estava grávida. Sua barriga não parou mais de crescer, e eu
já conversava com o bebê dentro da barriga dela.
No dia em que o bebê nasceu, foi uma festa! Enquanto meus pais
foram para a maternidade, minha avó Ana me ajudou a arrumar
a casa com fl ores, bolo e até sorvete, só para esperar a chegada
do meu irmão, Artur. Ah, sim, ele era um menino e eu escolhi
este nome para ele.
Quando ele chegou em casa, era tão pequenino que mais parecia
minha boneca Neneca. Os dias se passavam e meus pais sempre
saíam de casa levando Artur com eles. Eu também queria ir junto,
mas vovó explicou que Artur ia visitar um médico legal.
Foi então que este
médico disse para
minha mãe que meu irmão
era um bebê muito especial, ele
tinha síndrome de down. Minha mãe fi cou
preocupada, mas eu pensei:
Meus pais queriam ajudar Artur e foram ler muitos
livros e conhecer outros pais com fi lhos especiais.
Assim, eles poderiam aprender a superar as
difi culdades juntos.
Minha mãe me explicou que o Artur ia demorar mais
tempo para aprender algumas coisas e que talvez ele
fi zesse coisas de um jeito diferente daquele que eu
fazia. Na escola, minha professora explicou também
que todas as crianças que são especiais devem ser
muito amadas e respeitadas.
Genial, tenho um irmão especial!
Quando Artur cresceu um pouco, brincava comigo
de esconde-esconde, cabra-cega e até de casinha,
tão bonitinho! Num Natal, ele ganhou uma
bicicleta especial... que tinha uma cesta atrás...
e ele até levava a Neneca para passear. Logo começou a freqüentar a escola. Ele nem
sempre fala tudo certinho e, muitas vezes, Artur é
visto como um menino diferente... Mas todos somos
diferentes uns dos outros, não é mesmo? Tem sempre
gente diferente perto da gente, é só observar.
Mesmo com algumas difi culdades, não demora muito para Artur fazer
amigos sinceros, com seu olhar cheio de carinho. Ele gosta de sorrir
muito, abraçar os amigos e dar beijinhos.
No esporte, meu irmão não é tão veloz. Ele pode fazer muitas coisas,
mas precisa fazê-las mais devagar... E com uma boa dupla, consegue
sempre chegar na reta fi nal.
Um dia, a tia Cássia, professora do Artur, nos convidou para uma
grande festa em uma escola de crianças especiais do bairro.
Na festa, conhecemos outras crianças: o Joamar,
que não gosta de falar nem de brincar, mas gosta muito
de imaginar; a Gi, que faz tudo devagarzinho
e precisa de muito carinho; a Kuka, que adora dançar e
tem uma cuca legal; e outros, como o Tiago e a Milena.
Todos eles são bem legais e precisam ser
compreendidos e respeitados cada um
a seu modo. 14 15
Depois deste dia, fi camos amigos de todas as crianças e de seus pais.
Eu e o Artur somos os mais novos voluntários da escola. Somos uma
dupla e tanto! Eu conto histórias enquanto ele me ajuda entregando
os livrinhos; eu ensino balé para as meninas e ele ajuda, aplaudindo.
E sabem o que mais? Meus pais aprenderam a ajudar o Artur e, hoje,
eles também ajudam outros pais em situação parecida. Recebemos
muito amor e sou muito feliz!16
Hoje, eu sei que, quando pedi um irmão,
ganhei o Artur, uma pessoal especial que
alegra a todos, supera suas difi culdades
e ilumina a escola com seu sorriso.
Meu irmão é mesmo genial!
Gostaria que todas as crianças pudessem
ter a oportunidade de conhecer e conviver
com crianças especiais. Afi nal, as diferenças
são as cores que deixam a nossa vida mais
bonita e alegre.

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