terça-feira, 19 de março de 2013

Como no filme 'Colegas', três jovens correm em busca dos seus sonhos

Síndrome de Down não é impedimento para superação de barreiras

 
Em 'Colegas' (foto), três amigos com síndrome de Down fogem do internato para se aventurar (Divulgação)
O filme Colegas, que foi tema do Ação deste sábado, narra a aventura de três jovens com Síndrome de Down que buscam realizar seus sonhos. Na ficção, Stalone (Ariel Goldenberg) quer ver o mar, Aninha (Rita Pokk) sonha com seu dia de noiva e Márcio (Breno Viola) quer ganhar novos ares e precisa voar. Na vida real, três jovens com Trissomia 21 tão sonhadores quanto os personagens traçam seus roteiros da vida real e percorrem um caminho repleto de superação.
É o caso da carioca Fernanda Honorato, que assim como a personagem Aninha já sonhou em casar, mas acabou o noivado recentemente e agora segue “linda, leve e solta”, como ela mesmo define. Fernanda, que prefere não revelar a idade e diz que parou de contar nos 25, é bem-humorada, esbanja vitalidade e como a maioria da sua geração, exerce diversas atividades. Faz  teatro, natação, dança cigana e se orgulha de dois títulos: é a primeira passista da Portela e a primeira repórter de TV com Síndrome de Down do mundo.
Fazendo matérias semanais para o Programa Especial, exibido na TV Brasil, já teve oportunidade de ouvir muitas histórias, inclusive de artistas que admira, como Maria Bethânia e Zezé Di Camargo & Luciano: “Nasci para esse mundo da televisão. Quando era criança, brincava de entrevistar meus familiares e fingia que era a (jornalista) Marília Gabriela”, relembra.
A repórter diz que já passou por situações de preconceito, mas que prefere esquecer tais episódios e deixá-los no passado. Ao invés disso, quer planejar o presente e sonhar com o futuro: protagonizar uma novela ao lado dos atores Tony Ramos e Glória Pires. Enquanto não realiza o desejo de aparecer em uma produção como protagonista, segue fazendo passagens (nomenclatura técnica do jornalismo quando o repórter aparece no vídeo, em reportagens) e comemorando cada conquista ao som de Arlindo Cruz, Jorge Aragão e Paulinho da Viola, seus sambistas favoritos.

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